segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

função sexual

Métodos para Obtenção e/ou Melhora da Ereção

Em alguns casos, a ereção pode não ser satisfatória ou insuficiente para o ato sexual. Com orientações dadas por médicos especialistas em disfunção sexual na lesão medular, estes problemas podem ser contornados e solucionados. Existem diferentes métodos para a obtenção ou melhora da ereção, nos diferentes tipos de disfunção, provocada por diferentes tipos de lesão medular.

Nos casos onde existe a ereção, sem ser satisfatória ou suficiente para o ato sexual, podem ser testados alguns métodos:

1 - Testar diferentes posicionamentos do corpo, posição deitado com pernas abertas ou fechadas, ou então flexionadas e abertas; posição reclinado com as pernas abertas ou fechadas, ou flexionadas e abertas; posição sentado com pernas esticadas, abertas ou fechadas;

2 - Provocar a ereção fazendo o uso de anéis reguláveis e com aberturas, afim de precionar a raiz do pênis, sem correr o risco de não conseguir tirar o anel após a ereção;
3 - Fazer o uso de medicamentos que melhorem a ereção durante o período de ação do remédio e do período em que houver o desejo de manter a ereção, deixando-a mais duradoura e mais forte;

4 - Usar injeções de substâncias vasoativas, aplicada na raiz do pênis. A substância injetada pode ser a papaverina e as prostaglandinas, a qual provocará uma vasodilatação e consequente ereção. Este método pode ser usado nos casos onde existe ou não a ereção;
Importante: este método só poderá ser utilizado após consulta com médico especialista em disfunção sexual na lesão medular.
Tais métodos podem gerar o priapismo, que corresponde a ereções muito longas, mais que três horas. Se isso ocorrer, será necessária que a pessoa procure um hospital, para a retirada do sangue retido nos corpos cavernosos através de uma seringa, com posterior injeção de substância vasoconstritora nos mesmos.

5 - Prótese peniana, rígida ou inflável.
A rígida proporcionará ereção constante. Apesar de sua rigidez, ela possue uma maleabilidade, para que o pênis fique posicionado de acordo com as necessidades. Geralmente ela é fabricada com uma parte interna metálica maleável, envolta por silicone.
A inflável, proporcionará a ereção de acordo com o comando da pessoa. Através de um sistema de válvulas, recipientes e dutos, um líquido será bombeado para as próteses, gerando a ereção, ou então, será bombeado para um recipiente colocado em locais próximos aos órgãos genitais, esvaziando as próteses, o que levará a não ereção;
Importante: este método também pode ser usado nos casos onde existe ou não a ereção, mas, por se tratar de uma cirurgia onde as próteses serão colocadas nos corpos cavernosos, se constitui no último recurso a ser utilizado, pois estas "destruirão" os corpos cavernosos. Caso haja o desejo de reversão da cirurgia para a retirada das próteses, não haverá mais ereção por meios naturais(do próprio corpo), mesmo que ela existisse antes da cirurgia.


Emissão e Ejaculação - Lesão Medular

A emissão e a ejaculação estão muito mais comprometidas do que a ereção. Na lesão medular, é muito mais comum a presença da ereção do que a da emissão e ejaculação.
Em lesões acima de T11, tanto os centros medulares da emissão como o da ejaculação estão preservados. Desta forma, chegaríamos à conclusão de que tanto a emissão como a ejaculação não sofreriam nenhum tipo de alteração, mas ambas sofrem uma disfunção de funcionamento, o que muitas vezes leva à uma baixa qualidade do esperma. Alguns fatores contribuem para esta baixa, como ausencias de ejaculação, aumento da temperatura das regiões dos testículos, infecções urinárias frequentes, que se espalham até atingir os canais deferentes, provocando cicatrizes e dificultando a passagem dos espermatozóides.
No momento da ejaculação, o processo correto consiste em fechamento do esfincter ou permanecer fechado, para que o esperma siga o caminho para fora do corpo. A falta de sincronismo neste momento leva à ejaculação retrógrada, ou seja, no momento da ejaculação, o esfincter não se fecha totalmente ou não permanece fechado, fazendo com que parte do esperma ou sua totalidade siga para a bexiga. Os espermatozóides, depois de alguns minutos em contato com a urina, acabam morrendo, pois ela não se constitue em um meio apropriado para a sobrevivência dos mesmos. Isto não causa mal algum. Quando a pessoa urinar, o esperma sairá juntamente com a urina, deixando-a turva, caracterizando um dos sintomas de infecção urinária. Na dúvida, deverá ser feito um exame de urina para constatar se há ou não infecção.


Métodos para Obtenção e/ou Melhora da Emissão e da Ejaculação

Com o uso de um aparelho vibrador, escostado na glande próximo ao freio, a emissão e ejaculação podem ocorrer. Esta intensa vibração serão estímulos que chegarão até a medula, provocando a ereção e uma possível ejaculação. Se este processo for feito com o intuíto de reprodução, o esperma pode ser colocado em um recipiente estéril e posteriormente, com o uso de uma seringa, recolher o esperma e injetá-lo na vagina. Esta é uma inseminação artificial caseira, com pouco custo. Este esperma também poderá ser levado à um laboratório, afim de fazer uma inseminação artificial laboratorial.
Este método só poderá trazer sucesso em casos onde o arco reflexo esteja presente.
A estimulação elétrica poderá ser utilizada em qualquer tipo de lesão. O processo consiste em introduzir ao ânus um estimulador elétrico, até que chegue a região próxima a próstata. Estes estímulos provocarão a ejaculação. O esperma será recolhido para futura inseminação artificial. Tal processo deverá ser feito em local adequado, como consultórios médicos, clínicas ou hospitais, sempre sob supervisão de médico especialista em disfunção sexual em lesão medular.
Os espermatozóides também podem ser recolhidos diretamente dos testículos, através de seringa ou por uma especie de biópsia, retirando uma mínima porção.
Ao voltar ejacular, depois de tempos prolongados de ausencia, o esperma terá uma coloração escuro e pouca densidade. A medida em que as ejaculações forem ocorrendo, o esperma começará a adquirir coloração mais clara e maior densidade, até chegar aos padrões normais, caracterizando um esperma de boa qualidade.


Feminino

O aparelho reprodutor feminino é composto basicamente por dois ovários, duas trompas, útero, vagina, pequenos lábios, grandes lábios e clitóris.
Os ovários são os locais onde se localizam as células reprodutoras femininas, chamadas de óvulos.
As trompas são dutos pelos quais os óvulos são transportados, desde os ovários até o útero.
O útero é o local onde uma nova vida se desenvolverá, caso haja uma fecundação.
A vagina corresponde ao canal localizado entre o colo do útero e a parte externa do órgão genital.
Os pequenos lábios se localizam na entrada da vagina e os grandes correspondem à parte mais externa.
O clitóris é composto por um tecido erétil, localizado à parte mais frontal da parte externa da genitália.

VISTA LATERAL DIREITA
VISTA FRONTAL
VISTA FRONTAL




Ovulação e Menstruação

Durante o período em que estão aptas à reprodução, as mulheres passam por um ciclo menstrual, com a duração média de 28 dias. Durante este período, ocorre o amadurecimento do óvulo, até chegar o momento em que ele é liberado do ovário e segue para a trompa. Neste momento, caso haja a fertilização, ou seja, a união do óvulo com o espermatozóide, uma nova vida começará a desenvolver-se, seguindo até o útero e se alojando em sua parede, tranformando-se em embrião e posteriormente em feto, desenvolvendo-se até o momento do nascimento. Caso não ocorra a fecundação, toda a preparação que o útero criou para receber a nova vida, será eliminada pelo corpo, o que levará à menstruação.


Lubrificação e Contracções Vaginais

Frente a algo que lhe cause excitação, como aromas, situações, pensamentos, ou mesmo com algum ato mecânico, como toques nos órgãos genitais ou em regiões próximas, a vagina e regiões externas do órgão genital produzem uma lubrificação.
No orgasmo, a vagina apresenta contracções de maior ou menor intensidade, dependo do grau de excitação.


Gravidez e Parto

A gravidez acontece quando existe a fertilização, ou seja, a união do óvulo com o espermatozóide, e posteriormente o alojamento desta nova vida no útero, transformando-se em embrião e mais tarde em feto. Preso ao útero, o feto se desenvolve, recebendo alimentos e oxigênio da mãe atravéz do sangue, até alcançar o tempo necessário para o seu nascimento. Este tempo corresponde a aproximadamente 9 meses, contados a partir da fertilização.

FECUNDAÇÃO



O nascimento pode acontecer por parto normal ou através de uma cirurgia para a retirada do bebê. O parto normal será possível quando as contrações úterinas e a dilatação do colo forem o suficiente para expulsar o bebê do corpo da mãe. Na passagem do bebê pela colo, vagina e pela área perineal, fortes dores podem ser geradas. Caso as contrações e dilatação não sejam o suficiente, a mãe será submetida a uma cirurgia para a retirada do bebê.


Ovulação e Menstruação - Lesão Medular

No início da lesão, a mulher pode entrar na fase de amenorréia, onde temporiamente ficará sem ovular e menstruar. Tal período tem uma duração média de alguns dias, podendo alcançar até alguns meses. Terminada esta fase, a ovulação e menstruação volta a ocorrer como antes da lesão e a mulher poderá ter filhos normalmente, desde que seja acompanhada por médicos genecologistas e obstetras especialistas em lesão medular, para que haja toda uma orientação sobre os cuidados especiais e os procedimentos para uma gravidez tranquila e sem riscos.


Lubrificação e Contrações Vaginais - Lesão Medular

Tanto a lubrificação como as contrações vaginais, podem sofrer alterações devido a lesão. Para aumentar a lubrificação, deverá ser usado algum tipo de creme especial, afim de evitar ferimentos durante o intercurso sexual.


Gravidez e Parto - Lesão Medular

A mulher com lesão medular pode ter filhos normalmente. É imprescindível ter um acompanhamento médico especializado, por genecologistas e obstetras especialistas em lesão medular, para que haja toda uma orientação sobre os cuidados especiais e os procedimentos para uma gravidez tranquila e sem riscos.
Os cuidados são praticamente os mesmos que uma mulher com lesão medular tem que ter com o seu corpo no dia a dia, más todos eles têm que ser reforçados. Na alimentação, a quantidade de fibras deverá ser aumentada, pois a medida em que o bebê se desenvolve, a massagem abdominal para a evacuação vai ficando mais difícil, dificultando assim o processo. Os exercícios respiratórios deverão ser feitos ou aumentados, porque, com o crescimento do bebê, a ventilação dos pulmões pode ficar diminuída, devido a falta de lugar para a expansão. Estes exercícios também serão importantes para aumentar a capacidade respiratória, para que, frente a uma gripe ou resfriado com um consequente acúmulo de secreção pulmonar, não haja a falta de ar. Os cuidados com a bexiga também deverão ser reforçados, afim de evitar infecções urinárias, para que não haja a necessidade da ingestão de antibióticos, o que pode ser prejudicial ao bebê, pois todo o tipo de substância que a mãe ingere acaba caindo na corrente sanguínea e levada até o bebê, que se alimenta do sangue da mãe. Geralmente, durante a gravidez, as pernas podem sofrer de inchaços. Na lesão medular, este fato pode ser agravado, devido as alterações na circulação sanguínea, pelo fato da lesão no SNA. Para contornar tais problemas, a mulher deverá usar meias elásticas e fazer repousos regulares, posicionando as pernas em elevação, na posição de decúbito dorsal ou em inclinação do tronco, para que ocorra o retorno venoso dos pés e pernas.
O nascimento pode ser por parto normal ou cesária, conforme a evolução do trabalho do parto, pois as contrações e a dilatação não dependem da medula espinhal. Mesmo não havendo sensibilidade nas regiões ligadas diretamente ao parto, é necessário que se faça todo o trabalho de anestesia, pois tais transformações durante o parto podem levar a uma crise autonômica hipertensiva.
A amamentação também não sofrerá nenhum tipo de alteração, portanto poderá e deverá ser feita normalmente.

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